Os senhores da guerra

“Nem Rússia nem Estados Unidos jamais tiveram presidentes mulheres ou ditadoras”

Por Alex Solnik

Uma nova série documental da Netflix, chamada Ponto de Virada, mostra que o fim da Segunda Guerra Mundial marcou o início da guerra entre os dois países mais armados do mundo, Estados Unidos e Rússia, que nunca parou, uma guerra ora mais ora menos acirrada, guerra de procuração, localizada em outros países (Afeganistão, Vietnã do Norte, Ucrânia agora), mas sempre guerra, às vezes mais fria, às vezes mais quente, e sempre colocando em risco não só a paz mundial, mas a sobrevivência da humanidade.

Por uma estranha coincidência, sendo dois povos tão diferentes, com histórias e culturas tão diferentes, e que se odeiam mutuamente, eles têm um ponto em comum: nem Rússia nem Estados Unidos jamais tiveram presidentes mulheres ou ditadoras.

Talvez porque a guerra sempre foi uma tarefa atribuída aos homens, dos comandantes aos soldados – as mulheres tinham que ficar em casa ou para cuidar dos filhos pequenos ou trabalhar no esforço de guerra.

Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais “Porque não deu certo”, “O Cofre do Adhemar”, “A guerra do apagão” e “O domador de sonhos”

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