CORNO SER OU NÃO SER
Assunto mais antigo que o próprio casamento, ser ou não ser corno chegou a diferentes valores. Entre não saber, achar que nunca vai acontecer, descobrir e desejar com todas as forças, o cornudo, ou o marido da mulher adúltera, hoje fica à vontade com suas escolhas.
No dicionário, são os chifres, hastes ou apêndices que crescem na cabeça de alguns mamíferos. No folclore, corno, chifrudo ou cornudo é um apelido que ganha o homem que foi traído pela esposa, noiva ou namorada. A crença popular defende que o traído começa a sentir preocupações e coceiras na testa, onde lhe nasceriam chifres causados pelo adultério da mulher. A associação também é com a criação de gado, obviamente, onde um touro reprodutor dá conta de um rebanho de vacas que, por sua vez, não engravidam de bois enquanto estiverem amamentando. O termo corno, como é conhecido, não é utilizado da mesma maneira quando a traição é dos maridos, isto é, quando a “cornuda” é a esposa de um marido adúltero. E também para relacionamentos homossexuais, ou casais formados por pessoas do mesmo sexo, onde acontecem brigas e traições do mesmo modo que nas relações heterossexuais.
PORQUE NÃO QUER
Personagem em muitas piadas (sempre se dá mal), livros (autores Shakespeare, Flaubert, Tolstoi, Eça de Queiros, Machado de Assis) e até traduzido em gestos (dedo indicador e mínimo levantados; também o diabo para o rock heave metal), o cornudo pode ser manso ou raivoso, conforme sua reação à descoberta. A típica e chamada “dor de corno” vira uma grande tristeza e depressão ou, como é mais comum, uma forte embriaguez pelo consumo de bebidas alcoólicas, ou até numa vingança violenta. Na maior parte dos casos, acontece de misturar-se bem essas duas ultimas situações. A violência por causa de um adultério, aliás, é uma das maiores causas entre os assassinatos no Brasil, o chamado crime passional. E, como o adultério é um assunto de natureza mundial, ele reúne aspectos sociais, religiosos, psicológicos, jurídicos e culturais, sendo até, em alguns países, tipificado em lei.
PORQUE NÃO SABE
Longe dessas possíveis tragédias criminais, estão as brincadeiras que usam o corno como gíria, palavrão, e na musica. Cantores populares, como Reginaldo Rossi (“O dia do corno”), Falcão (“Ela me traiu usando o resto das camisinhas”) e a dupla Caju e Castanha (“Casa de corno”), por exemplo, já deixaram suas marcas em letras e canções que arrancaram risos de quem não tem nada com isso e lágrimas dos que experimentaram a sensação de serem cornudos.
É brincadeira também associar o teto solar dos automóveis, pouco comuns no país, com possíveis chifres do dono. Isso aconteceu com o Fusca 1965, apelidado de “Cornowagen”. E na China, bem longe do território brasileiro, o simples habito de usar chapéus verdes na rua serve como confissão para sua condição de corno.
A situação de não saber de uma possível traição da esposa pode manter o marido tranquilo, ou desesperado se houver desconfiança. Essa é a linha de muitos romances e filmes famosos que fazem o leitor ou o telespectador acompanhar o drama como se fosse com ele.
PORQUE QUER MESMO
Há ainda quem defenda o direito de ser corno, e com vários argumentos: o casamento só pode ser monogâmico e heterossexual ; proibição da homossexualidade e da poligamia; o direito à opção por ser bicha, corno manso, corno rebelde; a ameaça permanente de traição por parte de esposas lindas e gostosas; a rotina e a monotonia nos casamentos; e o próprio prazer em servir sua mulher aos outros.
E justamente o que pode parecer estranho a nossa cultura é comum em outras sociedades, onde os homens emprestam suas mulheres em sinal de hospitalidade e disposição em evitar conflitos e combates.
Caso das sociedades poliândricas (uma mulher pode casar-se com vários homens), e também de tribos da África e do Nepal, no Tibete.
Anuncio, reportagens publicados em revistas sobre casais, maridos e esposas interessados no ménage e no swing.
Essas modalidades, aliás, encontram nas boates especializadas, bares, festas e clubes fechados o melhor território para o corno e sua mulher praticarem. É o modelo moderno e possível da pratica sexual consentida entre casais, quando já acertaram de comum acordo suas fantasias e limites para o sexo com outras pessoas. JC
SEÇÃO PATRIMÔNIO DO CORNO
Participe da Seção Patrimônio do Corno e mostre a todos o quanto sua esposa é gostosa!!
E-mail: patrimoniodocorno@gmail.comDeliciosas esposas em gloses para delírio da macharada
Mensagem:
- Se você foi chifrado não se desespere, pois a vida continua, procure-nos que ajudaremos a passar dessa crise.
- Não cometa nenhuma loucura, como por exemplo, suicídio ou homicídio, igual a você tem muitos outros, você não é o único, nem o primeiro e nem será o último.
- Aceite com naturalidade, pois chifre é igual a linha do Equador , todo mundo sabe que tem, mas ninguém vê!!
O homem é um ser tão dependente, que até para ser corno precisa da ajuda da mulher.